Não entendo nada de carro! Até para dirigir sou ruim. Nunca tive essa competência. Apenas “me viro” – desde que não seja pra subir ladeira nem dar ré.
Fico impressionada com a pessoa que conhece marca, ano, modelo, se é 1.0, 1.5, 2.0 (vai saber o que é isso). E cor? Antigamente tinha vermelho rubro, azul cobalto, verde intenso – parecido com cor de esmalte de unha – ainda tem?
Se eu já não sei nada de carro novo, imagina de carro antigo.
Entendo é de gente (fora os “vasos ruins” dessa vida, lógico, que esses nem a ciência explica) e andei conhecendo uma turma muito boa por aí…
Sabe aquele pessoal que, se olhar de relance, não tem nada em comum? Um é engenheiro, outro é shuhiman, um é novinho, outro é mais velho, um tem filho crescido, outro nem casou ainda. Gente comum e do bem. Gente com suas diferenças, mas com uma grande semelhança: a paixão por OPALAS.
Como só vai ter um ou outro expert lendo isso vou ter que fazer uma “carrografia” do veículo. Graças à internet, posso dizer que o Opala foi fabricado pela General Motors de 1968 a 1992 e que foi o primeiro automóvel de passeio fabricado pela montadora no Brasil. Inspirado no alemão Opel e no americano Impala, o nome Opala veio da junção de Opel+Impala. (Aha. Duvido que o pessoal do clube saiba disso!) Atualmente, ele é uma espécie de item de colecionador!
Pois esses caras, de quem eu estava falando aí em cima, desmontam e remontam seus carros. Passam horas com um paninho dando brilho neles antes de um encontro. Conversam a mesma coisa mais de mil vezes: o carburador sei lá o quê, o kit lanterna traseira tá caro, o Opala Comodoro isso, o Opala Diplomata aquilo.
Eu só sei que, enquanto tem um monte de gente procurando confusão, tem aqueles que procuram – e promovem – bem-estar através de um hobby, numa comunidade onde toda a família (aí se incluem esposas, filhos e agregados) passa momentos de alegria, diversão e paz conjunta!
Sabe aquele pessoal que “quase não existe mais”? Pois eles persistem e estão curtindo carros que também “quase não existem mais” – que, como eles, são sinônimo do que há de melhor em todos os tempos – que tomara que nunca se acabe.
Rapaziada do Opala Clube Rio de Janeiro, sou fã de vocês! Parabéns pelos 50 anos desta joia!
Kátia Galvão em 50etcetera