Na minha lista de desejos este ano tinha cada plano que nem te conto.

Sim, estavam lá as pequenas coisas do dia-a-dia, mas o foco era mesmo as grandes – enormes – mudanças.

Não pense que estou falando de fazer regime ou começar a ginástica. Isso qualquer mulher promete toda virada de ano, toda segunda-feira, toda vez que exagera.

Tô falando das mais mirabolantes – e sinceras – decisões, tipo: casar em Vegas, colocar silicone, criar um site de venda de cachaça, fazer um curso de design de interiores.

Depois dos 50 dá uma pirada nos nossos pensamentos. Fica tudo maravilhosamente embaralhado e urgente. Bem quando a gente resolve que vai fazer as coisas que sempre teve vontade, mas que não fez porque não dava dinheiro, ou porque não ia ficar bem, ou porque era muito nova, ou porque era casada, ou porque tinha que criar os filhos, ou – melhor resposta – porque era muito covarde pra mudanças drásticas e pronto!

O transtorno é você ter preparado todo o terreno pra dar o start no projeto quando é pego na maior cilada: a vida não faz tratos. Você pode ter até planejado uma metamorfose mas, como não dá pra combinar nada com o destino, já era.

Um conselho: continue a projetar seus sonhos. É o que faz com que a gente siga em frente. (Pessoas sem desejos adoecem e morrem). Entretanto, fica a dica: deixe espaço pra mudanças de rota, pois há garantia zero de que conseguirá seguir com o programado.

Por ora, deixa fazer o check list:

Comprar um notebook – ok

Criar um blog – ok

De resto? Veio a vida e adiou – apenas adiou – minhas metas.

Porque a vida, a vida é aquilo que acontece enquanto a gente faz planos.

Kátia Galvão em 50etcetera