Recebi um convite. Era aniversário de uma amiga. Fazia tempo que a gente não se via, por isso o entusiasmo em revê-la e a outras igualmente especiais.
No começo não percebi a patifaria escondida no tema da festa: #forever40. Só aos poucos fui fazendo as contas. Pera aí, ela não era tão mais nova que eu assim. Que história de 40 é essa?
Ela mesma entregou, às gargalhadas, que não se tratava de quantos anos ela estava fazendo. Não se tratava de mentir a idade. Ela nem precisa disso – aliás, ninguém da nossa confraria. Somos mulheres contemporâneas com “tudo em cima”: cabeça, tronco e membros.
Pra sempre 40 é uma filosofia de vida. É como você escolhe viver dali pra adiante. Tipo: se congela no melhor dos mundos e parte pra guerra.
40. Idade da loba. Momento de vida em que já deu tempo de plantar árvore, escrever livro e ter filho. É quando você está madura, mas não está velha. Quando as prioridades mudam, mas a essência permanece. Quando você ainda é jovem pra fazer besteiras cheias de maturidade – e experiente demais pra fazer bobeiras repletas de consequências.
Forever Young, acho que foi Bob Dylan que cantou o conceito. Eu entendi: que Deus nos conserve sempre jovens, de alma, de espírito, com a idade que a gente tiver. Pode ser aos 45, 50, 60, 70, mais. Importa é manter a chama!
Amiga, parabéns pela grande sacada! Você tem razão: os anos não se passaram mesmo. E, se você vai ficar #forever40, estarei contigo!
Kátia Galvão em 50etcetera