Essa vai ser uma pergunta no mínimo desconcertante: se pudesse escolher apenas um único motivo para assumir um relacionamento a dois, o que seria? Amor? Segurança? Dinheiro? Status? Sexo? Companhia?
Em tempos de corrupção sistêmica, andamos esquecendo a decência e aceitando suborno para fazer vista grossa inclusive em nossas relações amorosas!
O cara acena com a possibilidade de glamour, você se apaixona. Ele é um garanhão, você confunde com afeto. Ele é bem-sucedido, você releva os desaforos. Você se sente sozinha, aí concorda em ser tratada como mercadoria. Ele é um galinha, mas pelo menos te oferece segurança.
O que você não viu, ou fingiu não ver, foi que ele era péssimo ótimo partido!
Até o amor, coitado, foi perdendo sentido. Eu te amo é capaz de significar tanto “eu te amo enquanto não achar alguém melhor”, quanto “eu te amo, mas não te respeito”, quanto “eu te amo porque é conveniente”, quanto “eu te amo porque amo e pronto.”. Amor era condição, agora é opção. Saiu do rol do que a gente sentia pelo outro para a banalidade de um “eu te amo, amiga” como quem diz tchau ao se despedir. Não é que amar tenha finalmente alcançado significado. Foi meramente popularizado. Agora condiz mais com publicidade!
Amor legítimo é brega, desajeitado, complicado, desarrumado, sem garantias. Amor não se compra, não se barganha, nem se submete à negociata. Amor é cheio de retas e curvas, luz e sombra. Amor é na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza – MESMO!
Vida a dois? Não pense em fazer por menos. Não aceite propina, tampouco genéricos. Exija o produto original AMOR DE VERDADE em primeiro lugar. Senão o amor próprio também se vai. E, se com ele já está difícil se relacionar, imagina sem.
Se você não pode ter tudo, faça de tudo para ter o principal!
Kátia Galvão em 50etcetera
Amor é isto,uma verdade intensa
Toda a recompensa de um amor sem fim
CurtirCurtir
Simmmm! Amor é verbo!
CurtirCurtir